É (quase) impossível emagrecer sem remédio

Não importa quantos quilos você precisa emagrecer, o fato é que derrubar o ponteiro da balança é uma tarefa complicadíssima, especialmente após os 30 anos (meu caso rsrs). Aliás, posso afirmar que estou sentindo na pele como é difícil dar adeus a apenas 5 quilinhos. Agora entendo perfeitamente quando o endocrinologista Alfredo Halpern, criador da dieta dos pontos, me dizia que as pessoas com sobrepeso ou obesidade não podiam esperar milagres dos remédios para emagrecer, mas que os comprimidos (hoje em dia até as picadas) são fundamentais para alcançar este objetivo. E põe fundamental nisso! O médico, que morreu em novembro do ano passado vítima de câncer, era um dos maiores nomes da Endocrinologia do nosso País e super defensor dos remédios para emagrecer, associado a dieta alimentar e exercício físico, claro.

Há pouco tempo, nas minhas andanças em eventos, congressos e coletivas de imprensa, encontrei o endocrinologista Márcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas, e aproveitei para falar exatamente sobre emagrecer com ou sem remédio. Preste atenção neste dado comprovado em pesquisas: 9 de cada 10 pessoas não têm sucesso no emagrecimento apenas com atividade física e dieta.

– Nos Estados Unidos, a recomendação é que na primeira consulta já seja prescrita medicação no tratamento da obesidade, assim como se faz para pressão alta e colesterol. No passado, as diretrizes de hipertensão e dislipidemia falavam para prescrever dieta, esperar de 3 a 6 meses, colher novo exame e só então receitar remédio. Com o tempo, os médicos viram que isso não funcionava e mudaram as diretrizes.

O endocrinologista acrescentou que para a maioria das pessoas que têm obesidade de fato, em média pesam 100 kg, o remédio precisa ser de uso contínuo. No caso daquelas pessoas que pretendem perder poucos quilos após uma gestação, por exemplo, pode ser que o uso do remédio seja temporário, explicou o médico.

Atualmente, contamos com três substâncias aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o tratamento da obesidade: sibutramina, orlistate e liraglutida.

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Agora, para quem está com poucos quilos a mais, o segredo é gastar mais do que consumir, como disse q a minha endocrinologista Paula Pires. “A conta tem que ser negativa, você faz mais exercício e come menos, simples assim”. Estou tentando….

A orientação de Mancini é praticar no mínimo 150 minutos de atividade física por semana e contar com a ajuda de uma nutricionista para montar um cardápio de baixas calorias.

– Se forem poucos quilos, talvez só isso baste.

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