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Como eu sempre repito, não sou fã das dietas mega restritivas porque acho muuuito difícil segui-las por longo prazo. Porém, a verdade é que as dietas baseadas na restrição de carboidratos ganharam (e continuam ganhando) milhões de seguidores. Para quem não sabe, esse é um tipo de plano alimentar que restringe a ingestão de carboidratos a até 20% do total de calorias ingeridas diariamente. Ao mesmo tempo, incentiva uma ingestão de proteínas de alto valor biológico, reduzindo o consumo de açúcares, refrigerantes e demais alimentos processados. O objetivo das dietas conhecidas como low carbo é obrigar o corpo a usar a gordura como sua principal fonte de energia, substituindo a glicose obtida por meio dos carboidratos. Assim, o resultado dessa queima de gordura é o emagrecimento.

Para entender melhor essa dieta, consultei a nutricionista Alessandra Coelho. Confira as respostas da especialista e tire suas próprias conclusões.

Dietas low carbo propõem uma restrição a carboidratos. No dia a dia, esse tipo de alimentação pode trazer algum problema grave ao organismo? 

Alessandra Coelho – Os carboidratos são as principais fontes de energia para o nosso organismo e fonte exclusiva de energia para o cérebro, portanto restrições bruscas podem promover mal-estar, tontura, fraqueza, desmaio, dor de cabeça, mau humor, dentre outras. Para manter o cérebro em adequado funcionamento, o corpo trabalha para converter outros tecidos (massa magra e gordura) em energia (glicose), acarretando na liberação de corpos cetônicos, substâncias que podem ser prejudiciais às células em níveis elevados.

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Por que dietas com baixíssima ingestão de carboidratos trazem resultados de emagrecimento e até melhor controle do diabetes? 

Alessandra Coelho – É importante esclarecer quais os resultados adquiridos. Se estivermos falando de perda peso, sim, dietas muito restritas em carboidrato podem trazer resultados muito rápidos. Porém, a qualidade da perda acaba sendo ruim devido à perda de líquido e massa muscular. O consumo de carboidratos de alto índice glicêmico (pobre em fibras) e a gordura abdominal prejudicam a ação da insulina, agravando o quadro de diabetes. Portanto, quando reduzimos o percentual de gordura e trabalhamos com opções melhores de carboidratos (aqueles ricos em fibras) na alimentação, a ação da insulina é melhorada, assim como o diabetes.

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O excesso de proteínas e gorduras causa alguma desordem no funcionamento do metabolismo?

Alessandra Coelho – Toda dieta desbalanceada e desequilibrada pode trazer prejuízos à saúde. Por isso, recomendamos consultar um profissional para que sejam analisadas as necessidades individuais, evitando consequências negativas. O excesso de proteína e gordura pode causar excesso de ácido úrico no sangue, cálculos renais, dislipidemia e outras alterações cardiovasculares.

 

Há algum outro alimento que cumpra a mesma função do carboidrato e possa substituí-lo?

Alessandra Coelho – Precisamos esclarecer que nenhum alimento pertence 100% a algum grupo alimentar. Existem alimentos que também possuem tipos de carboidrato na composição, como por exemplo, frutas, legumes e leite.

 

Do ponto de vista nutricional, o que uma pessoa deve fazer antes de iniciar esse tipo de dieta?

Alessandra Coelho – Dietas prontas ou radicais não devem ser seguidas por ninguém. Elas não consideram o quadro clínico, como doenças, histórico e outros detalhes, e também ignoram necessidades individuais, hábitos, cultura e condição socioeconômica. Recomendo sempre consultar um profissional, para que seja feita uma análise detalhada e o melhor tratamento indicado, evitando prejuízos à saúde.

Crédito de foto: FreeImages

 

 

5 Comentários

  1. Adorei seu site. Simplesmente show! Obrigado por compartilhar. Abraço e muito sucesso.

  2. Lucas disse:

    muito bom artigo valeu pelas dicas

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  4. sandra fatima disse:

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