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Nesta quinta-feira (24/10), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Pólio (também conhecida como poliomielite ou paralisia infantil), por isso vou aproveitar a data para alertar todas as mamães da importância de vacinar os bebês contra essa doença que já deveria estar erradicada assim como a varíola.

Infelizmente, o vírus ainda circula em alguns países, fazendo com que a vacinação seja uma medida prioritária. Em 1988, a pólio infectava mais de 350 mil crianças por ano em 125 países. Em 2018, foram registrados somente 33 casos da doença em dois países: Afeganistão e Paquistão. Embora no Brasil não se tenha notícias da circulação do poliovírus selvagem desde 1990, se não eliminarmos a pólio completamente, toda criança corre o risco de contraí-la, enfatiza Leonardo Weissmann, assessor da presidência da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

– O Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo três anos depois de recebê-lo devido uma baixa cobertura vacinal e não conseguir controlar a transmissão do vírus. O mesmo pode acontecer com a paralisia infantil. Sem vacinação, há o risco real da doença, pois o vírus não deixou de existir.

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A poliomielite é uma doença altamente infecciosa, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos de idade. É causada pelo poliovírus, geralmente contraído pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes de doentes ou de portadores do vírus, A transmissão também pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de gotículas durante a fala, tosse ou espirro.

No ano passado, participei de um evento na Cidade do México sobre o assunto e me emocionei com o depoimento de um médico que contraiu a doença e convive com várias limitações físicas. Clique aqui e leia o conteúdo completo.

Entenda o esquema vacinal contra a paralisia infantil

A vacina contra a pólio é fornecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser imunizadas. Desde 2016, o esquema vacinal contra a doença passou a ser de três doses, ou seja, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais duas doses de reforço com a vacina oral (gotinha), aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A meta de cobertura vacinal recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 95%, porém o Brasil não atinge 90% desde 2016, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2016, a cobertura foi de 84,4%, seguida de 83,8% em 2017 e 88,6% em 2018. Além disto, cerca de 100 municípios brasileiros não alcançaram 50% na campanha do último ano, lamenta Lessandra Michelin, coordenadora do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia.

– Temos que ficar em alerta, pois a poliomielite não foi erradicada. A vacina é altamente segura, eficiente e temos que manter altos índices para evitar que ocorram novos casos de paralisia infantil. Se não intensificarmos a vacinação podemos ter novos casos.

E você, já conferiu a carteirinha de vacinação do seu filho para verificar se o esquema de imunização contra a pólio está em dia?

Crédito de foto:Photo by Soňa Psotová from FreeImages

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