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“É um milagre eu estar vivo”, diz Pedro Pimenta sobre diagnóstico da meningite

Confesso que quando ouço a palavra meningite bacteriana sinto até calafrio. Ao longo dos meus 13 anos focados no jornalismo em saúde, tive a oportunidade de aprender mais sobre essa doença tão grave e fatal como também ter a felicidade de conhecer alguns sobreviventes dela. Por conta disso, não pensei duas vezes para desembolsar R$ 560 em cada dose da vacina contra a meningite B, que ainda não tem cobertura pela rede pública, e a já tão conhecida vacina meningocócica ACWY, disponível nos postos de saúde, no baby Nicolas. Agora ele está protegido!

No Dia Mundial de Combate à Meningite (24/04), é importante alertar que a meningite meningocócica é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais grave do quadro é quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, chamada de meningococcemia. E foi exatamente essa doença que atingiu o jovem Pedro Pimenta, quando ele tinha 18 anos e uma vida movimentada pelo cursinho, academia, balada e esportes com os amigos.

– Aos 18 anos, a gente se acha invencível. Eu era o mais saudável da turma e aconteceu isso. É uma coisa que a gente não espera e que pode acometer qualquer pessoa. Essa doença evolui muito rápido, é gravíssima e altamente letal. Ou seja, é um milagre eu estar vivo.

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A doença meningocócica leva cerca de 20% dos pacientes a óbito, geralmente, dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas. Quando Pedro deu entrada no hospital,  tinha menos de 1% de chance de sobreviver. A bactéria se espalhou rapidamente pela corrente sanguínea, levando a necrose de seus membros superiores e inferiores, e a necessidade da amputação dos dois braços acima dos cotovelos e das duas pernas acima dos joelhos. Por conta disso, Pedro ficou quase seis meses internado.

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Infelizmente, os sintomas iniciais da meningite meningocócica podem ser confundidos com outras doenças infecciosas, como febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômitoNa sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse, choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.

A bactéria que causa a meningite chama meningococo e pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções respiratórias, como tosse, espirro e beijo. Por isso é tão importante mantes os ambientes arejados e limpos assim como colocar em prática os hábitos de higiene pessoal (lavar as mãos, cobrir a boca e o nariz ao tossir, carregar álcool em gel na bolsa e não compartilhar objetos de uso pessoal).

Mesmo assim, a melhor forma de prevenir a doença é recorrer à vacinação. Apesar de todos os desafios que a meningococcemia lhe impôs, aos 28 anos, Pedro é independente, mora sozinho nos Estados Unidos, dirige e viaja o mundo fazendo palestras.

Foto: Reprodução Instagram

 

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