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O baby Nicolas está próximo de completar cinco meses e estou correndo atrás de informações sobre introdução alimentar para entender com mais clareza essa fase da vida dele. E, como começar a oferecer outros alimentos para os bebês gera algumas dúvidas, resolvi abordar o tema aqui.

De acordo com os protocolos estabelecidos pelas sociedades científicas no que se refere à introdução alimentar, a recomendação é começar com as frutas aos 5/6 meses e depois de 1 mês iniciar a papa salgada no almoço e após 15 dias incluir no jantar.

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Se você estiver se perguntando, mas e o suco de fruta, saiba que ele não é mais recomendado antes de um ano. A pediatra Flavia Oliveira, da Clinica MedPrimus, explica que o uso de sucos deve ser postergado, pois a intenção é estimular o consumo das frutas na sua forma in natura e, consequentemente, à mastigação. Além disso, o suco possui menos fibras e sacia menos, levando em médio prazo ao consumo de bebidas açucaradas, como néctar de frutas e refrigerantes.

– A textura desta papa de frutas vai depender do bebê, alguns aceitam pedaços pequenos, enquanto outros nauseiam se a textura não for pastosa. O mais importante é ter o olhar atento a qual padrão seu filho se enquadra, pois o que deu certo com o filho da sua amiga pode não ser o melhor para seu filho.

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A porção oferecida deve ser em torno de 100 gramas, mas no início o mais importante é a dinâmica da refeição, ou seja, se a criança estava relaxada, sem choros ou pressões. É melhor 2 colheradas feliz do que 4 chorando. Afinal, o bebê vai demonstrar quando estiver satisfeito.

Mas, como um bebê sabe o que é suficiente?

A médica explica que o bebê sabe quando esta satisfeito e, se ele for obrigado a ingerir algo que não lhe é agradável ou além da quantidade que lhe sacia, sua relação com a comida será ruim, podendo resultar em traumas para o resto da vida.

Depois de algumas semanas iniciando as frutas, a orientação é a introdução da papa salgada. Montar o prato de uma maneira proporcional em relação aos diversos tipos de alimentos e colocá-los separados pode parecer mais difícil num primeiro olhar. Mas caso a criança aceite esse tipo de preparação, onde os alimentos são dispostos no prato separadamente, os pais poderão ter mais informações sobre o paladar da criança. Se todos os alimentos são misturados como uma pasta de cor homogênea e a criança cuspir e não aceitar, fica mais complicado saber o que exatamente não agradou.

Quando o prato é montado com os alimentos dispostos separadamente: fibras (legumes e folhas), proteína animal e vegetal (grãos), carboidratos, a avaliação do paladar é mais exposta.

– Claro que alguns bebês não aceitam esse tipo de preparação, mas os pais sempre que possível devem fazer tentativas para esse prato mais colorido e agradável aos olhos.

A oferta de alimentos como: clara de ovo, peixes, macarrão, que anteriormente eram “proibidos” para menores de 1 ano. Entretanto, hoje em função do aumento de crianças alérgicas, se torna fundamental para que o sistema imunológico do bebê seja “ativado” e diminua o risco dessas alergias.

É importante destacar que comer envolve mais do que se nutrir. Comer envolve afeto, formação de memórias afetivas, compartilhamento, avisa a médica.

– Comer é nutrir mais do que o corpo, é nutrir a alma de sensações e momentos. Por isso, acredito cada vez mais na alimentação equilibrada, sem extremismos, usando muito mais a intuição do que tabelas que nem sempre refletem as necessidades dos nossos filhos e nem de nós mesmos.

1 Comentário

  1. […] Blog Saúde sem Neura: Por que não devemos mais oferecer suco de frutas ao bebê? […]

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