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Bem-vindo Dezembro Laranja! Este mês é conhecido assim para chamar a atenção da sociedade sobre a importância de prevenir e combater o câncer de pele. Confesso que na minha adolescência costumava não usar protetor solar para ficar bronzeada. Por causa disso, infelizmente convivo com milhares de pintinhas espalhadas pelo corpo. Já retirei várias delas e continuo frequentando o dermatologista regularmente para acompanhar tantas outras que continuam pintando meus braços, pernas, costas e etc.

Como não quero que isso aconteça com o baby Nicolas, costumo usar protetor solar FPS 70 e chapéu quando vou expô-lo ao sol, inclusive quando vamos brincar no parquinho. Isso porque já aprendi em alguns eventos dos quais participei que a infância é o período de maior suscetibilidade aos efeitos carcinogênicos da radiação ultravioleta. Segundo a dermatologista Claudia Marçal, desde muito cedo as crianças podem apresentar pintas e manchas grandes, que são um fator de risco para o desenvolvimento do melanoma ao longo da vida.

– O dano solar é cumulativo e a aplicação e reaplicação apropriada do filtro solar pode ajudar a prevenir lesões pré-cancerosas, cânceres de pele e danos causados pelo sol, incluindo rugas e manchas solares, mesmo em quem já possui algum tipo de lesão proveniente da radiação ultravioleta.

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Um estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association Dermatology (JAMA Dermatology) apontou uma relação entre o uso de fotoprotetor em crianças e o risco do desenvolvimento de melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele, na idade adulta, cita o pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma.

– Ao reunirem dados de proteção solar de cerca de 1.700 participantes entre 2001 e 2005, incluindo de pessoas que foram diagnosticadas com melanoma, pesquisadores da Austrália, onde as taxas da doença são altíssimas devido a quantidade de radiação solar a qual a população se expõe, descobriram que o uso de fotoprotetor na infância pode reduzir o risco de melanoma em 40% antes dos 40 anos.

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Embora a principal causa do melanoma seja genética, a exposição solar também influencia no aparecimento da doença. Esta fotoexposição ao longo dos anos pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa, alerta a dermatologista.

– Por isso, é fundamental o uso de filtro solar diariamente, independentemente da estação do ano ou do clima, já que, mesmo em um dia 100% nublado, 80% da radiação UV consegue atravessar as nuvens.

Uma vez diagnosticado o melanoma, a médica avisa que as chances de cura são de mais de 90% quando há detecção precoce da doença. Desse modo, a realização do autoexame dermatológico é necessária, devendo ser realizado principalmente em pessoas de pele clara, que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, tomaram muito sol antes dos 30 anos e sofreram queimaduras, possuem muitas pintas, manchas e sardas por exposição solar anterior ou que já retiraram pintas com diagnóstico atípico.

– Podemos realizar este procedimento com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza. Para saber se uma lesão é mais preocupante, normalmente é usada a regra do ABCD (área, borda, cor e diâmetro) sobre pintas com pigmentação. Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes observando a simetria, avaliamos as bordas identificando irregularidade na forma de desenhos circinados, observamos a presença ou não de várias cores compondo esta figura e observamos se apresenta diâmetro acima de 6 mm.

Examine seu rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas.

• Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém.

• Preste atenção nas mãos, também entre os dedos.

• Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade.

• Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o sutiã. Olhe também a nuca e por trás das orelhas.

• De costas para um espelho de corpo inteiro, use outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas.

• Sentada, olhe a parte interna das coxas, bem como a área genital.

• Na mesma posição, olhe os tornozelos, o espaço entre os dedos e a sola dos pés.

Por fim, a médica avisa: “Quanto aos sinais clínicos, qualquer lesão que coce, doa ou sangre e que aumente de tamanho com rapidez ou apresente sensibilidade, precisa ser examinada por um dermatologista.”

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