Dezembro Laranja: é hora de falar sobre câncer de pele

Você usa protetor solar diariamente? Eu confesso que durante minha adolescência não usei muito protetor solar porque queria ficar morena no verão. Que burrice! Hoje em dia, preciso aceitar e conviver com as diversas pintas espalhadas pelo meu corpo. Aliás, me exponho muito menos ao sol, sempre com protetor, óculos escuro e chapéu. Isso porque sei que o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e que todos os anos surgem mais de 176 mil novos casos, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Em decorrência do alto índice, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) desenvolve, desde 2014, o movimento Dezembro Laranja, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele. Neste ano, o slogan da campanha é “Se exponha, mas não se queime”, que tem como foco educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção, lembrando que filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta, explica o presidente da SBD, Dr. José Antonio Sanches.

– Queremos divulgar para a grande população, especialmente para os trabalhadores que desempenham suas funções expostos ao sol, como carteiros, vendedores ambulantes, operários da construção civil, feirantes e outros, esse conjunto de atitudes, essenciais para que essa exposição prolongada não traga problemas de saúde.

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A recomendação da entidade é de que usem equipamentos de proteção individual, como chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30. A hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação, que vai das 10h às 16h.

Sobre o câncer da pele

O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. O terceiro tipo, chamado de melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

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Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. Ele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida, como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso) ou ainda como uma ferida que não cicatriza.

A regra do ABCDE ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que o dermatologista deve ser procurado. Confira abaixo os tipos mais comuns! 

Assimetria

A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma.

Bordas

As lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.

Cor

A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade.

Diâmetro

Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna.

Evolução

Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada pelo dermatologista.

Veja 4 dicas cruciais e rápidas na prevenção do câncer de pele

1 – Evite o sol entre 10h e 16h

2 – Aplique o protetor solar diariamente (fator de proteção de no mínimo 30) e repita a aplicação a cada 2 horas

3 – Use camiseta, chapéu de abas largas, sombrinha e guarda-sol

4 – Não se esqueça dos óculos escuros, de preferência com lentes de boa qualidade

Lembre-se de que a melhor forma de evitar o câncer de pele é a prevenção!