Alimentação saudável associada a pratica regular de atividade física é o segredo para prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer colorretal – o segundo tumor mais frequente nas mulheres e o terceiro mais incidente nos homens. Este é o alerta do membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Fábio Guilherme Campos.
O especialista orienta consumir de 25 g a 30 g de fibras por dia, 2 xícaras e meia de frutas e verduras e incluir peixes na refeição de duas a três vezes por semana. Ele também recomenda reduzir o consumo de gordura (principalmente as de origem animal, como carne vermelha e queijos) e evitar a ingestão exagerada de álcool.
Estudos têm comprovado que outros alimentos também podem auxiliar na prevenção do câncer colorretal, como curry, gengibre, pimenta negra, ginseng, açafrão, berberina (encontrada em raízes e cascas de plantas medicinais e alguns tipos de uva), cogumelos, vinho tinto, soja e alimentos probióticos (que contenham microrganismos vivos).
– O câncer colorretal está relacionado a hábitos de vida não saudáveis, como consumo elevado de carnes vermelhas e processadas e pouca ingestão de frutas, legumes e verduras. Além disso, são fatores de risco obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo.
Outro fator de risco é a idade. Segundo o médico, a doença costuma aparecer a partir dos 50 anos, mas geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial. Quem possui parentes de primeiro grau com câncer intestinal ou pólipos deve ficar mais atento e procurar o coloproctologista para saber como e com qual frequência deve fazer a colonoscopia. A SBCP recomenda a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos, quando não há casos na família de câncer colorretal e pólipos. Quando houver histórico familiar, a recomendação geralmente é a partir dos 40 anos.
– O câncer de intestino é precedido de um pólipo, pequena verruga na mucosa do intestino. Este pólipo leva alguns anos para se desenvolver, assim, é possível diagnosticá-lo antes que se torne maligno. Pessoas com casos de pólipos na família devem ficar alertas, assim como portadores de doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn.
Em estágios avançados, o câncer do intestino pode causar perda de sangue nas fezes, dor abdominal, massa abdominal palpável, alteração do ritmo intestinal, emagrecimento, náuseas, vômitos e anemia não explicados por outras causas.
Quando detectada a doença, na maioria das vezes o tratamento é realizado por meio de cirurgia para remoção da parte afetada juntamente com os gânglios linfáticos (linfonodos). Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e cirurgia para realização de um estoma (orifício na parede abdominal).
Leia também: Mais fibras no prato, menos peso na balança