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Para a maioria dos foliões, Carnaval é sinônimo de muita festa, brincadeira e, claro, beijo na boca. O problema é que beijar diferentes bocas durante os quatro dias de folia pode desencadear um problema de saúde chamado mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como Doença do Beijo.

Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é altamente contagiosa e, embora também possa ser transmitida por transfusão de sangue e contato sexual, o vírus é principalmente transmitido pela saliva. A doença atinge qualquer faixa etária, mas é bem mais comum nos primeiros anos de vida e entre adolescentes e adultos jovens (15 a 25 anos).

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De acordo com a infectologista Ligia Pierrotti, que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica, a doença costuma ter evolução benigna, de duração de, em média, três semanas, e os principais sintomas são febre, dor de garganta, e aumento de gânglios, algumas vezes doloridos. Como consequência da doença, pode também ocorrer o aparecimento de erupção cutânea, deixando a pele avermelhada e com aspecto de lixa em cerca de 10% dos casos. Mas essa erupção atinge até 90% dos indivíduos que fazem uso de antibióticos da classe dos beta-lactâmicos, como penicilinas.

– A mononucleose é uma virose e não possui tratamento específico.

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O paciente é orientado a repouso, hidratação e uso de sintomáticos para controle da febre e dores, quando necessário.

– O uso de antibióticos só está indicado quando a doença se complica em algum processo bacteriano.

Sua propagação é facilitada pela excreção completamente assintomática e intermitente do vírus Epstein-Barr na saliva de pessoas que um dia já entraram em contato com esse agente. Assim, pessoas saudáveis transmitem o vírus para pessoas susceptíveis, e o contato próximo do beijo proporciona a troca de secreções e a aquisição do vírus de uma pessoa infectada.

– Até o momento, não existe nenhuma vacina contra a Doença do Beijo. Na maioria dos casos, a virose se resolve sem complicações ou sequelas, mas podem ocorrer complicações como meningite, encefalite, anemia hemolítica e, em casos mais graves, ruptura do baço.

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O diagnóstico clínico nem sempre é fácil porque outras viroses também apresentam quadro clínico semelhante. No momento da análise, o médico tem que se basear na história epidemiológica, quadro clínico e em exames complementares sugestivos.

– Atualmente, já está disponível a pesquisa do próprio vírus pela técnica de PCR em alguns materiais, como sangue e secreções respiratórias. Entretanto, esses dados são indicados para situações específicas. Na prática clínica, o diagnóstico da mononucleose é feito pela sorologia.

Crédito de foto: FreeImages

2 Comentários

  1. […] Comum no Carnaval, doença do beijo atinge mais adolescentes e adultos jovens […]

  2. […] Portanto, é preciso ter cautela para prevenir doenças, como a mononucleose, conhecida como “doença do beijo”. Trata-se de uma doença viral com sintomas parecidos com os da gripe, como febre alta, dor ao […]

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