Nós precisamos dar mais espaço aos papais na criação dos filhos

Hoje é sexta-feira e estamos às vésperas do Dia dos Pais (amei que este ano cai no dia 13, meu número da sorte). Por causa dessa data tão importante, resolvi dedicar este post ao meu marido Gabriel (papai de primeira viagem) e, em nome dele, à todos os papais presentes na criação de sua prole.

Na semana passada, fui convidada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para participar de um evento muito especial em comemoração a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Depois do bate-papo sobre amamentação, tive a oportunidade de ouvir uma super palestra do jornalista Marcos Piangers, autor do livro O Papai é POP (ótima opção de presente para o Dia dos Pais, hein?).

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A plateia com mais de 200 pessoas (a maioria mulheres, como você pode observar na foto acima) gargalhou e chorou ouvindo as histórias positivas e negativas de Marcos como pai da Anita e da Aurora. Entre os vários tópicos discutidos sobre paternidade, ele reforçou a ideia de que o pai deve participar mais da vida dos bebês, “desde que as mulheres permitam”, reforçou em vários momentos do bate-papo.

Além disso, o jornalista também enfatizou que a presença paterna deve começar durante a gestação e que a licença-paternidade no Brasil de apenas 5 dias é um absurdo. Sinceramente, eu também acho que os pais precisavam passar mais tempo ao lado da esposa e do filho neste comecinho de vida, entretanto a boa notícia é que algumas empresa (poucas, mas vale o elogio) já estenderam este período.

Você acha que fantasia sexual aumenta a libido?

Aí, fiquei pensando: Será que nós mulheres impedimos esse elo tão importante entre pai e filho? O Marcos me convenceu de que sim! Por isso, desde o dia da palestra estou trabalhando a minha mente para que o meu marido possa exercer a função de pai sem as minhas chatices ou interferências bobas, como “ele não sabe cuidar e trocar a fralda” (eu também não sei e vou aprender, não é mesmo?), “ele não sabe combinar a roupa” (e daí, será que é isso mesmo que importa para a criança?), “meu filho só quer a mãe” (será mesmo ou é o que você acha?”), “meu marido tem medo de dar banho” (o horário do banho é fixo e nunca pode ser alterado?). Sugiro que você pare e pense nas suas atitudes antes de reclamar que o marido é um folgado!

Infelizmente, a sociedade e muitas mulheres ainda são machistas e defendem aquela velha ideia de que o homem tem que ” trabalhar e pagar as contas” enquanto as mães cuidam dos filhos. Isso está tão enraizado em algumas famílias que para elas é impensável incluir o pai no grupo de WhatsApp da escola ou permitir que ele tenha o telefone do pediatra em sua agenda. Esses questionamentos foram levantados pelo próprio Marcos, que aprendeu com garra e coragem a ser um pai presente e participativo ao longo dos anos e com a compreensão da esposa.

– Os homens não são treinados para serem pais assim como acontece com as mulheres desde pequenas. Entretanto, acredito que essa realidade pode mudar e quando o homem se tornar um pai mais participativo vai perceber que a vida da mulher, do filho e dele mesmo muda para melhor.

O conselho do escritor é que a gente permita que o homem seja PAI e tente dedicar parte do nosso tempo a nós mesmas. Não somos e nunca seremos perfeitas, assim como os nossos maridos também não. A nossa geração sente muita culpa quando o assunto é maternidade e paternidade porque pensamos mais no “ter algo ou ter dinheiro” do que no tempo que nos dedicamos à criação dos filhos.

Será que as crianças estão tão preocupadas em conhecer a Disney ou passar mais tempo com o papai e a mamãe em casa sem televisão, tablet e Iphone? Não estou defendendo uma atitude ou outra, mas acredito que tudo na vida tem que ter equilíbrio. Quem concorda?

É claro que eu e meu marido desejamos criar NOSSO filho da melhor forma que pudermos, mas também temos consciência (isso é um assunto que está sendo muito abordado neste período da gestação) que precisamos dividir nosso tempo com o bebê, nós mesmos, a família, o casal e os amigos. Pode ser que nos primeiros meses seja realmente muito difícil, afinal serão muitos desafios pela frente, mas vamos nos esforçar para que nosso desejo se torne realidade e que toda a diversão e felicidade que estamos vivendo neste momento só se multiplique ao longo dos próximos anos.

Como todas as alterações hormonais da gravidez (admito que, às vezes, fico na neura me achando redonda no espelho), só posso agradecer a parceria e o amor do meu marido!!!

Feliz Dia dos Pais!!!

Veja um trecho da palestra do autor do livro O Papai é POP!!!