Olá, amigas, mamães e leitoras! Quero encerrar a Semana Mundial do Aleitamento Materno com mais algumas dicas importantes do super ginecologista Corintio Mariani Neto, diretor técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros. Já o entrevistei outras vezes (vou compartilhar alguns links ao decorrer deste texto) e cada vez que conversamos aprendo algo novo!
1 – Quais alimentos devem fazer parte do cardápio das mulheres que estão amamentando?
É fundamental que a mulher siga uma dieta balanceada e constituída por carnes magras, aves, ovos, peixes, frutos do mar, verduras, cereais e frutas. É importante também beber bastante líquido, pelo menos dois litros por dia, especialmente água natural.
2 – É verdade que alguns alimentos devem ser consumidos com moderação?
Durante esse período, sugere-se moderação de alguns produtos que podem provocar alergias ou mesmo gases e cólicas intestinais na criança, tais como leite de vaca, amendoim, frutas secas, soja, café, chocolate, refrigerantes, chá preto, mate, feijão, repolho e batata-doce.
3 – Neste período, é preciso complementar a amamentação?
Quanto mais a criança suga o peito materno, mais leite é produzido. Não é preciso complementar a alimentação com fórmula artificial por meio da mamadeira. Essa introdução precoce do bico artificial pode levar o bebê a recusar o peito, fazendo que o leite diminua progressivamente.
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4 – Existe leite materno fraco?
O entendimento por “leite fraco” é uma causa muito frequente do chamado desmame precoce. Não existe leite fraco, nem leite forte, cada mãe produz o leite mais adequado possível para o seu bebê. Só tenha em mente a importância de conversar com o seu médico para esclarecer todas as dúvidas com relação aos alimentos ideais para esse momento.
5 – A posição da mamãe faz a diferença?
A mãe deverá estar relaxada e confortável, o corpo do bebê encostado ao seu, com cabeça e tronco alinhados e seu queixo deve tocar o peito materno. O braço da mãe será o suporte de apoio do bebê.
6 – Devo interromper a mamada para mudar o peito?
Quando a criança começa a sugar, ela recebe o leite chamado “anterior”, que está próximo à saída e que é mais diluído. Depois de certo tempo, que é variável, começa a chegar o leite “posterior”, recém-produzido, que é bem mais rico em gorduras e que sacia a fome do bebê.
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7 – Qual é a sucção perfeita para o bebê?
O bebê deverá estar com a boca bem aberta, de modo a cobrir quase toda a parte inferior da aréola mamária, o lábio inferior voltado para fora e sua língua acoplada ao peito. Suas bochechas estarão arredondadas, a sucção será lenta e profunda, intercalada por pequenas pausas, de modo que se consiga ver e/ou ouvir os movimentos de deglutição. O pequeno deve sugar a aréola, não o mamilo.
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8 – Mamilos machucados, e agora?
É preciso estar atenta à posição do bebê que pode ser o motivo de os mamilos estarem machucados. Corrija a posição e fique tranquila que a cicatrização das lesões é rápida. Considere a utilização de cremes, óleos e pomadas que ajudam na cicatrização das lesões, sempre com indicação do médico.
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9 – Devo programar os horários das mamadas?
Não se apegue a intervalos fixos, isso deve ser bem variado, dependendo da necessidade e a frequência que seu bebê gosta de mamar. Respeite todas as vontades do pequeno, pois ele não procura o seio apenas para matar fome, mas também para sede, conforto, aconchego e segurança. Assim, não hesite em colocá-lo para mamar.
10 – Mulheres que estão amamentando costumam ovular?
Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação. Para prevenir, é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas frequentes e nenhum intervalo superior a seis horas entre uma e outra. Também recomenda-se que a mamãe adote algum método contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Importante conversar com o médico para a escolha do método mais indicado.
11 – Qual método contraceptivo posso usar neste momento?
Existem as minipílulas e as pílulas só de progestagênio em dose maior, ideais para esse momento. Ambas podem ser tomadas a partir da sexta semana depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite materno nem tampouco interferem na sua qualidade e volume.