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Você se lembra quando foi ao ginecologista pela primeira vez e o motivo que a levou até o consultório médico? Juro que estou tentando lembrar desse dia, mas não consigo. Apenas me lembro que fiquei “mocinha” com 12 para 13 anos nas férias de janeiro, ou seja, na praia. Como qualquer adolescente, eu simplesmente odiei e chorei. Para piorar a situação, minha avó contou para todas as vizinhas, que vinham me dar parabéns por aquele acontecimento. Foi horrível!

Bom, voltando ao assunto desse post, a média de idade da primeira consulta, entre as mulheres que já foram ao ginecologista, é de 20 anos, sendo os principais motivos que as levaram ao consultório foram problemas ginecológicos e suspeita de gravidez, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, a pedido da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Ainda segundo os dados da pesquisa, a média etária da primeira consulta é maior entre as mulheres com baixa escolaridade (24 anos no Fundamental e 18 anos nos Ensinos Médio e Superior).

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Se você faz parte desse grupo, saiba que a recomendação da Febrasgo é visitar o ginecologista muito antes dos 20 anos. O ideal é marcar esse encontro com o “gineco” logo após a primeira menstruação, orienta o presidente da entidade, César Eduardo Fernandes.

– É nessa consulta que a adolescente vai tirar todas as suas dúvidas sobre menstruação, gravidez, métodos contraceptivos, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e início da vida sexual. O médico está preparado para fornecer todas as informações necessárias nesta etapa da vida da adolescente.

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A boa notícia revelada por esse levantamento da Febrasgo é que 80% das entrevistadas indicaram a Ginecologia e Obstetrícia como a especialidade médica mais importante para a saúde da mulher. E 88% declararam que costumam se consultar com esses profissionais, sendo 43% uma vez ao ano e 24% a cada seis meses. Além disso, oito em cada dez mulheres garantiram estar satisfeitas com o atendimento do atual ou último ginecologista.

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O hábito de ir ao ginecologista é mais comum entre as moradoras de regiões metropolitanas, como a região Sudeste, e cresce conforme aumentam a escolaridade e a posição na pirâmide econômica. Por outro lado, as mulheres que nunca recorreram a esse especialista encontram-se mais entre as residentes de cidades do interior, entre as mais jovens e entre as integrantes das classes D/E.

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O mais preocupante demonstrado no levantamento é aquela parcela de mulheres que não costumam ir ou nunca foram ao ginecologista. Para 31% delas a visita é desnecessária, pois se consideram saudáveis e 22% não consideram importante ou necessário ir ao ginecologista.  Entre as justificativas, alegarem vergonha, medo de detectar problemas, falta de dinheiro para pagar consulta, que não gostam e que a mãe nunca levou.

Em relação ao acesso, 58% das que já foram ao ginecologista o fizeram por meio de atendimento público, 20% por planos de saúde e 20% por atendimento particular.

O levantamento da Febrasgo ouviu 1.089 mulheres de 16 anos ou mais distribuídas em 129 municípios brasileiros e de todas as classes econômicas. A pesquisa ocorreu entre 5 e 12 de novembro de 2018, sendo que a margem de erro máxima para esta amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.

Crédito de foto: FreeImages

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