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8 verdades sobre os contraceptivos de longa duração

Gente, hoje é lembrado o Dia Mundial da Gravidez não Planejada e como o Brasil ainda registra índices muito altos de partos não programados – a cada ano, cerca de 1,8 milhões de gestações não planejadas ocorrem no país -,  resolvi falar sobre métodos contraceptivos de longa duração: implante subcutâneo e DIU (dispositivo intra-uterino).

E quem vai responder as principais dúvidas sobre os métodos é a ginecologista Cristina Guazzelli, professora da Escola Paulista de Medicina – Unifesp.

 1. Qual é a diferença do implante e do DIU?

O implante (ilustrado na foto acima) é um bastonete de 4 cm de comprimento, flexível e estéril, que deve ser inserido no braço embaixo da pele. Ele contém em sua composição um hormônio sintético, chamado etonogestrel, que já é muito utilizado nas pílulas anticoncepcionais. Já o DIU é um dispositivo também pequeno colocado dentro do útero. No Brasil temos, o DIU de cobre e o DIU com o hormônio progesterona.

2. Tanto o implante como o DIU são colocados pelo ginecologista?

Sim. O procedimento para qualquer um dos métodos é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico.

 3. Como eles funcionam?

O hormônio contido no implante é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação, garantindo a contracepção e impedindo a gravidez. O DIU com cobre tem ação espermaticida, ou seja, destrói os espermatozoides, impedindo sua penetração no útero. Já o DIU com hormônio libera a progesterona no útero gradualmente e altera a secreção do colo uterino impedindo e dificultando a penetração dos espermatozoides.

4. Quanto tempo eles duram?

O implante contraceptivo tem ação por 3 anos, o dispositivo intrauterino com cobre 10 anos e o sistema intrauterino (SIU) liberador de hormônio (levonorgestrel) age por até 5 anos. É importante ressaltar que o uso de qualquer um deles é reversível. Quando retirados, ocorre o retorno da fertilidade pré-existente imediatamente, não importando por quanto tempo a pessoa utilizou o método.

5. Os métodos servem apenas para contracepção?

A função de todos eles é garantir a contracepção e impedir a gravidez, mas podem ter outros benefícios, como melhorar a cólica menstrual, diminuir o sangramento e melhorar a tensão pré-menstrual.

6. Eles são 100% eficazes?

Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz, mas as taxas de falha são realmente baixas, quando analisamos a eficácia dos métodos. No período de 1 ano, houve 1 gravidez em cada 125 mulheres com o DIU de cobre; 1 gravidez em cada 500 mulheres com o DIU hormonal e 1 gravidez em cada 2000 mulheres com o implante. Em comparação com os métodos mais conhecidos e utilizados, a taxa de falha média no uso típico da camisinha é de 18 a 21 gravidezes em cada 100 mulheres e da pílula hormonal 9 gestações em cada 100 mulheres que usaram o método.

7. Quem pode usar os métodos de longa duração?

A princípio, todas as mulheres que desejam utilizá-los. Há poucas situações em que eles são contraindicados, mas sempre há necessidade de avaliação médica. Por não terem estrogênio, geralmente, os LARCs podem ser usados por mulheres que estão amamentando ou por aquelas que tem contraindicação para o uso do estrogênio.

8. Esses métodos modificam a menstruação?

Os métodos que contem hormônio (o implante e o DIU com levonorgestrel) podem causar alteração no sangramento, produzindo inicialmente um sangramento irregular com uma tendência a diminuição. Após 4 a 6 meses, algumas mulheres podem apresentar redução ou ficar sem sangrar, outras podem permanecer menstruando normalmente, e em alguns poucos casos, ter pequenos sangramentos prolongados (mancha na calcinha). No entanto, isso não afeta a eficácia do método ou gera qualquer risco para a saúde.

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