Posso responder com toda certeza que a gente aprende muita coisa. Estou na reta final da gravidez (37 semanas) e antes de o baby Nicolas nascer, PRECISO compartilhar com vocês como foi participar de um curso de gestante e o que, de fato, a gente aprende nas 8 horas de aulas ministradas pela enfermeira obstétrica, pelo pediatra e pela enfermeira neonatal.
Eu e meu marido fizemos o curso de gestante oferecido pela maternidade Pro Matre e, com certeza, indicamos para os papais de primeira viagem! Embora seja pouco tempo para muuuuito conteúdo, conseguimos sanar nossas principais dúvidas e saímos de lá com o coração mais aliviado e uma apostila em mãos para consultar em qualquer momento. Aliás, é meu atual livro de cabeceira!
Seria impossível eu detalhar tudo que aprendi no curso porque realmente teve muito conteúdo de qualidade, mas vou destacar os pontos que considerei mais importantes e que me tranquilizaram para receber meu filho. Por isso, eu sempre repito: informação é tudo na vida!
Importância do carinho paterno
O curso é destinado aos papais e mamães e, na minha turma, apenas um casal estava na segunda gestação. Achei muito bacana de ver como os homens também faziam perguntas e tiravam suas próprias dúvidas. Graças à Deus, os tempos mudaram e temos pais muito mais participativos!
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A enfermeira explicou que, especialmente nos primeiros meses, a presença paterna é fundamental. Após o nascimento do bebê, há uma queda hormonal drástica no organismo feminino que costuma ser agravada pela falta de sono, por isso as alterações de comportamento e instabilidade de humor são incontroláveis e comuns.
O período do puerpério (quarentena) pode ser vivenciado de forma mais ou menos intensa por cada mulher, por isso os companheiros precisam ter muita paciência e ajudar nos cuidados com o bebê, como fazer arrotar, trocar a fralda, dar banho, oferecer um copo de água durante a mamada, ajudar nos afazeres da casa etc. São eles também que costumam perceber os sinais da depressão pós-parto, que devem ser relatados ao médico imediatamente.
Parto
A enfermeira obstétrica explicou com todos os detalhes possíveis as etapas do parto normal e da cesárea. Não vou conseguir reproduzir tudo que ela falou (claro), mas vou tentar resumir, combinado?
No caso do parto normal, aprendi que a analgesia pode ser solicitada pela mulher em qualquer momento do trabalho de parto e que ela, embora amenize a dor, preserva a sensibilidade tátil, a força motora dos movimentos inferiores e as contrações.
Na cesárea, a anestesia é feita na sala cirúrgica e a mulher perde a sensibilidade do abdômen para baixo, por isso é muito comum alterar o funcionamento do aparelho digestivo após o parto. Temos que fazer jejum de 8 horas e a duração total do procedimento é de cerca de 1 hora. O período de pós-recuperação gira em torno de 2 a 4 horas e a recomendação é falar pouco nas primeiras 24 horas após a cesárea para evitar desconforto abdominal e gases. No meu caso, isso vai ser complicado (rs).
Ruptura da bolsa das águas
Nem sempre a ruptura da bolsa ou a liberação do tampão mucoso significam que o bebê vai nascer logo em seguida. Em algumas mulheres, esses dois episódios não vêm associados com dilatação. Confesso que eu não sabia que quando a bolsa rompe, o volume de “água” (líquido amniótico) é beeem grande, tem cheiro de água sanitária e cor esbranquiçada. Aliás, a enfermeira explicou que a quantidade do líquido molha toalhas e mais toalhas. Mesmo sem dilatação, se a bolsa romper, é hora de correr para a maternidade!
Quando seguir para a maternidade?
O endurecimento do ventre é sinal de contração, mas não é recomendado correr para a maternidade na primeira contração. Em geral, elas evoluem lentamente e o intervalo entre uma e outra também vai diminuindo aos poucos. Por isso, é preciso monitorar no relógio o tempo. Quando elas ocorrem de hora em hora, podemos ficar tranquilas em casa. Até as contrações passarem a aparecer uma a cada 10 minutos (hora de seguir para a maternidade) pode demorar, em média, 16 horas.
Amamentação
O primeiro contato com o peito da mãe deve ser feito logo após o nascimento do bebê, independentemente do tipo de parto. O colostro, que tem aspecto viscoso e amarelado, dura em torno de cinco dias. São esses primeiros dias de aleitamento que o bebê recebe o máximo de anticorpos para sua imunização. É normal na maternidade a gente achar que tem pouco leite porque o volume do colostro é realmente baixo. Mas, como os bebês nascem bem alimentados, não precisamos nos preocupar. O leite vai descer de fato quando chegarmos em casa, ou seja, de três a quatro dias após o nascimento.
A recomendação é que o aleitamento materno seja livre demanda, ou seja, na hora que o bebê quiser, não permitindo ultrapassar 4 horas entre uma mamada e outra. Devemos deixá-los sugando de 30 a 40 minutos em cada seio e recomeçar a próxima mamada pelo último seio que ele mamou. Nem sempre o bebê arrota após mamar, mas temos que esperar cerca de 20 minutos antes de colocá-los deitados de barriga para cima (sempre!).
Fissura no peito
Em geral, as temidas rachaduras nos seios são resultado da pega incorreta do bebê. Ele precisa abrir a boca para abocanhar toda a aréola, a língua deve se posicionar abaixo do mamilo e o movimento de sucção deve lembrar “boca de peixinho”. Outra dica importante é que a posição deve ser confortável tanto para o bebê quanto para a mamãe. Na maternidade, as enfermeiras costumam nos ensinar tudo isso. Ufa!
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Consulta com o pediatra
Logo após o nascimento, o bebê passa por uma série de avaliações obrigatórias com a equipe de pediatria da maternidade. Aliás, eles são acompanhados diariamente porque cada procedimento exige um tempo de vida, assim como a aplicação das vacinas da hepatite B e BCG. Não vou citar todos os testes realizados nos dois ou três dias de internação porque são muitos. Mais um motivo para você fazer o curso e se informar sobre a necessidade e importância de cada procedimento!
A recomendação é marcar a primeira consulta com o pediatra logo após a saída da maternidade para ele acompanhar o bebê, especialmente em relação ao peso. Aprendi, aliás, que o pico da icterícia (quando o bebê fica amarelado) acontece entre o quarto e quinto dia de vida do recém-nascido. Minha dica neste item é já escolher o pediatra e deixar a consulta agendada antes de o bebê nascer.
Primeiros cuidados com o bebê
No curso, a gente também “aprende” a dar banho (na prática deve ser mais complicado, com certeza), limpar o umbigo até cair, escolher as roupinhas de acordo com a temperatura do dia (pés e mãos gelados não significam que o bebê está com frio), itens de higiene recomendados para cada fase, dicas de como aliviar as cólicas (Colic Calm é indicado), posição para dormir, entre outros cuidados básicos. Algumas coisas eu já comecei a colocar em prática, como escolher e organizar os itens de higiene no banheiro para o uso nos primeiros meses.
Aliás, aprendi que é melhor usar algodão molhado em água morna para limpar o bumbum do bebê e a pomada de prevenção de assadura em todas as trocas de fraldas. Se quisermos remover o resíduo da pomada, é indicado usar o óleo da J&J.
Para os casais que têm interesse, o curso da Pro Matre custa R$ 300!
2 Comentários
Matéria muito esclarecedora, fazer um curso de gestante vale muito a pena mesmo, ele nos prepara muito para a maternidade, eu indico a todas as mulheres.
Eu fiz um curso online e recomendo muito, pois, a gente pode rever quantas vezes for necessária.
https://www.maternidadegemelar.com.br/curso-de-gestante-online/
Olá tudo bem? Espero que sim 🙂
Adorei seu artigo,muito bom mesmo!
Abraços e continue assim.