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Como jornalista de Saúde, já assinei várias reportagens sobre amamentação, mas admito que sempre aprendo algo novo com as minhas fontes médicas. Em um evento da marca Lansinoh, aprendi o risco de o recém-nascido consumir uma substância chamada BHT, presente nas pomadas para fissuras mamárias à base de lanolina. Calma! Vou dar mais detalhes a seguir.

Além deste assunto, aproveitei a presença do ginecologista Corintio Mariani Neto, diretor da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), para falar sobre os principais erros das mulheres em relação ao aleitamento materno. Como estou me preparando para a maternidade, este bate-papo surgiu na hora certa.

Veja os 6 equívocos mais comuns que as mamães cometem e saiba como evitá-los.

1 Mulher com prótese de silicone ou cirurgia de redução de mamas tem medo de amamentar

Tire este pensamento da cabeça! A colocação de prótese de silicone costuma ser atrás da glândula mamária, o que não interfere em nada na amamentação. Por outro lado, é verdade que as cirurgias redutoras das mamas podem alterar as glândulas mamárias, resultando em alguma dificuldade de amamentar, mas nem sempre impossibilidade. Por isso, é fundamental apoiar e estimular a mulher para concluir este processo com sucesso, garante Corintio. As técnicas cirúrgicas atuais visam preservar ao máximo a anatomia da mama.

 

2 – Desistir na primeira dificuldade ou sinal de dor

Sabe aquele ditado que brasileiro não desiste nunca, vale aqui. Dependendo da sensibilidade de cada mulher, amamentar pode doer mais ou menos, especialmente nas primeiras semanas. No entanto, com o tempo tudo se encaixa e o ato fica mais prazeroso do que doloroso. O mais importante, ressalta o médico, é procurar o especialista diante de qualquer dificuldade. Ele avisa que os bancos de leite humano sempre têm profissionais preparados para diagnosticar o problema, tratar e orientar a mulher.

 

3 – Oferecer mamadeira com o leite materno quando precisa se ausentar

O médico explicou que o mecanismo de sugar o leite no peito e na mamadeira é totalmente diferente e o bebê pode ficar confuso. Como o leite sai muito fácil no bico artificial, o bebê acha que o mesmo vai acontecer no peito e acaba sugando de forma inadequada e insuficiente. Esse fenômeno é chamado de confusão de bico. Para evitar o problema, os bebês que mamam no peito, caso precisem tomar fórmula para complementar ou o próprio leite da mãe ordenhado, devem receber o alimento por meio de seringa ou copinho.

Leia também: Até quando meu bebê pode usar a mamadeira?

 

4 – Mamilo sangrando é motivo de interromper a amamentação

A maioria das fissuras, rachaduras e ferimentos no seio acontece pela pega incorreta do bebê. O certo é a boca abocanhar grande parte da aréola, o queixo ficar encostado no seio e os lábios virados para fora. Caso o mamilo sangre, é recomendado ordenhar o leite manualmente e oferecer o outro seio. Se a mãe conseguir retirar o leite sem sangue, ela pode armazenar e oferecer ao bebê em uma seringa ou copinho, mas nunca no bico artificial (lembra?).

 

5 – Não ler os rótulos das pomadas à base de lanolina

A lanolina ajuda e acelera o processo de cicatrização das fissuras e rachaduras decorrentes da amamentação, mas Corintio alerta para a presença de BHT em muitos produtos comercializados no Brasil. Segundo ele, essa substância é tóxica e pode causar prejuízos à saúde do recém-nascido. O médico coordenou uma pesquisa para avaliar a presença de BHT nas 5 principais pomadas à base de lanolina e descobriu que 4 delas possuem a substância na composição, mas omitem a informação no rótulo. Corintio disse que apenas a marca Lansinoh não apresenta BHT na fórmula. Então, muita atenção!

 

6 – Alternar os seios toda hora

O bebê não é um relógio. O médico ensina que a criança deve mamar do mesmo lado até se satisfazer. Se a mamada for interrompida de um lado, corre o risco de o bebê não receber a melhor parte do leite, que vem no final da amamentação. Se a mãe trocar o lado e ainda tiver leite, ela despreza o leite mais gorduroso e que realmente satisfaz a criança.

Clique aqui e saiba mais sobre a amamentação

 

Crédito de foto: Flickr

 

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