Incontinência urinária é mais comum em gestantes e mulheres após a menopausa
14 de março de 2017
Vista cansada ou presbiopia? Problema ocular tem tratamento
16 de março de 2017

Na semana passada, fui convidada pela indústria farmacêutica Sanofi para o lançamento do medicamento Praluent (alirocumabe), um anticorpo monoclonal totalmente humano, administrado via subcutânea (por caneta aplicadora) duas vezes por mês, para o tratamento do colesterol alto. Em agosto do ano passado, eu já havia feito um post no blog Saúde sem Neura sobre o lançamento no Brasil dessa nova classe de medicamento pelo laboratório Amgen, que na época apresentou para a imprensa o Repatha (evolocumabe).

Assim como o evolocumabe, a substância alirocumabe é um inibidor da PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9) e funciona, aumentando o número de receptores de liproproteína de baixa densidade (LDL), reduzindo assim os níveis do colesterol LDL no sangue. Apesar de baixarem drasticamente o tal colesterol ruim, os inibidores de PCSK9 ainda precisam mostrar evidências sobre seu papel direto na redução das doenças cardiovasculares, alerta o cardiologista André Faludi, presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

– Trinta por cento dos brasileiros morrem por doença cardiovascular, o que representa uma morte a cada dois minutos. O colesterol alto é um dos fatores de risco para este problema, por isso os inibidores de PCSk9 são uma opção de tratamento importante para aquele grupo de pacientes que hoje está sob alto risco de ter infarto, derrame ou que não tolera o tratamento com estatinas por causa de efeitos adversos.

O novo medicamento está aprovado para pacientes com hipercolesterolemia (elevação do colesterol) primária (familiar heterozigótica e não familiar), que não atingem suas metas de colesterol LDL com o tratamento padrão a base de estatinas e mudanças do estilo de vida. Ele pode ser administrado como monoterapia ou em conjunto com outras substâncias, dependendo da avaliação médica e metas a serem atingidas.

Praluent está disponível em duas dosagens, 75 mg e 150 mg, ambas para serem administradas a cada duas semanas em aplicação única de 1 ml. Segundo os estudos com a nova droga, a dose mais baixa reduz entre 45% a 50% a taxa do LDL no sangue, enquanto a dosagem mais alta diminui mais do que 60% o colesterol ruim.

– Essas duas dosagens significam dois níveis de eficácia do medicamento, dando ao médico a flexibilidade para que ele avalie qual é a melhor dose para cada paciente.

Provavelmente, você está curioso para saber o preço desta novidade, certo? Aí é que vem o problema. Cada caneta descartável custa R$ 1.287,13 e, como são duas por mês, o tratamento vai custar em média R$ 2.600. A boa notícia é que o laboratório Sanofi oferece desconto por meio do programa Viva ou pelo telefone 0800 208 0808.

O remédio já é comercializado nos Estados Unidos, União Europeia, Canadá, México e Japão.

Assista ao vídeo para entender como utilizar corretamente o medicamento!

Crédito de foto: FreeImages

3 Comentários

  1. Valther Lopez disse:

    Alguma notícia positiva quando teremos outro laboratório que poderá fornecer esse medicamento com valores que os mortais podem pagar ?? Esses valores atuais estão fora de cogitação para as classes menos abastadas

  2. Preço alto muitas pessoas precisando do remédio e não dendo condições de comprar, o que também não e bom para os laboratórios que vão vende menos, baixando os preços atingir um numero maior de paciente e ganharia na quantidade beneficiando a população mais carente, e o governo entrado com sua parte eliminando os impostos menos custo para SUS.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *