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Repatha: novo aliado no tratamento do colesterol alto

Hoje é Dia Nacional de Combate ao Colesterol e vou aproveitar a data para falar de uma novidade que acaba de chegar ao mercado brasileiro. Trata-se do medicamento Repatha (evolocumabe), do laboratório Amgen, indicado para o tratamento do colesterol alto. Aí, você vai me perguntar: mas qual é a diferença dele para os remédios que já existem nas farmácias, como as estatinas? Ele é uma nova classe de medicamento que surge para incrementar o tratamento daqueles pacientes de alto risco que não conseguem atingir suas metas (diabéticos, hipertensos e obesos, por exemplo), crianças acima de 12 anos com diagnóstico de hipercolesterolemia familiar e pessoas com intolerância às estatinas. Os estudos clínicos com Repatha mostraram que o medicamento, associado ao tratamento com estatinas, é capaz de reduzir em até 75% o nível de LDL (colesterol ruim).

Por ser um anticorpo monoclonal fabricado em laboratório – com estrutura idêntica à das células de defesa do nosso organismo – o remédio é administrado por meio de injeção uma vez a cada duas semanas. Ele é vendido dentro de uma caneta de aplicação, muito parecida com as canetas de insulina usada por diabéticos.

O remédio já está aprovada pela Anvisa e deve entrar nas prateleiras das farmácias nos próximos dias, assim que a Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) definir o preço.

Veja as consequências do colesterol alto

A dislipidemia é caracterizada pelas alterações dos níveis de colesterol no sangue e atinge 43% dos brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). E sabe o que isso significa? Que este grupo de pessoas tem maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares – principal causa de morte no Brasil e no mundo. Geralmente, as pessoas associam infarto do miocárdio e AVC (acidente vascular cerebral) com idade avançada, mas o fato é que os atuais hábitos de vida da população estão antecipando esses episódios.

Outra causa de alteração nos níveis do colesterol ruim é consequência de uma doença genética e hereditária chamada de hipercolesterolemia familiar. Em geral, os pacientes que nascem com esta doença apresentam taxas de LDL duas vezes mais altas do que o normal, alerta o cardiologista Francisco Fonseca, livre-docente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

– O pai e/ou a mãe que portam um gene alterado causador da hipercolesterolemia familiar tem 50% de chance de transmiti-lo para um dos seus filhos. Quando não tratado corretamente, este paciente pode apresentar doenças cardiovasculares mais cedo.

Independentemente das causas, o tratamento para o colesterol alto deve ser seguido pelo resto da vida e exige mudanças no estilo de vida, com prática regular de atividade física e dieta pobre em gorduras, associada à medicação.

Para o cardiologista, a chegada de novos medicamentos representa “um enorme avanço no tratamento da doença que mais mata no mundo”.

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