Quem acompanha o noticiário, sabe que São Paulo está vivendo um surto de febre amarela, especialmente na zona norte da capital paulista. Por conta disso, na semana passada, o Ministério da Saúde enviou ao Estado 1 milhão de doses extras da vacina contra a doença.
Antes de sair correndo para o posto de vacinação, quero esclarecer algumas informações. As mulheres que estão grávidas, como eu, NÃO podem tomar a vacina, assim como mulheres amamentando, crianças antes dos seis meses, pessoas imunodeprimidas, como pacientes com câncer, e idosos maiores de 60 anos (exceto com recomendação médica).
Há pouco tempo, eu havia tomado a vacina por causa de uma viagem ao Panamá, então estou imunizada pelos próximos anos. Mas, se este não é o seu caso, evite os locais com suspeita de mosquitos transmissores e use repelente, desde que com recomendações do médico.
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Segundo a pediatra Priscila Zanotti Stagliorio, a transmissão da febre amarela não ocorre de pessoa para pessoa.
– A transmissão ocorre quando um mosquito pica uma pessoa e/ou um primata (macaco) infectado e depois pica outra pessoa saudável.
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Caso você seja picado pelo mosquito infectado, os sintomas e a evolução da doença ocorrem entre três a seis dias após a picada. Além dos sintomas clássicos, como febre, mal-estar, vômito, diarreia e calafrios, as pessoas podem apresentar icterícia (pele amarelada), perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e musculares, principalmente nas costas, hemorragias, anúria (comprometimento dos rins), hepatite, coma hepático e problemas cardíacos que podem levar ao óbito.
De acordo com a pediatra, o diagnóstico de febre amarela é feito por meio de exame laboratorial. Em regiões com surtos, é importante recorrer ao posto médico ou hospital logo que os primeiros sintomas aparecerem para evitar epidemias ainda maiores.
– O tratamento requer atenção médica e suporte em hospital para que o quadro não evolua com gravidade. Embora não existam remédios específicos para aliviar e tratar os sintomas, nos casos graves pode ser necessário a realização de diálise e transfusão de sangue.
A médica também orienta manter a hidratação e evitar o uso de antitérmicos, como ácido acetilsalicílico.
Segundo ela, a vacina é a maneira mais segura de prevenir a doença, entretanto, sua ação tem poder de proteção após 10 dias de sua aplicação e está disponível na rede pública e particular para crianças a partir de seis meses de vida e adultos até 60 anos, com recomendação de renovação a cada 10 anos.
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