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Olá, pessoal! Nesta semana, está rolando o XX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2017), no Rio de Janeiro. Entre os vários temas discutidos no evento, resolvi escrever sobre a importância de usar os antibióticos de forma correta. Muitas vezes, ouço as pessoas dizendo que vão tomar antibiótico para curar uma gripe mais forte ou dor de garganta de forma mais rápida. Será que essa é a finalidade do remédio?
Segundo a infectologista Flávia Rossi, diretora-médica do Laboratório de Microbiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é falsa a ideia de que o antibiótico vai curar todas as infecções.
A principal função do antibiótico é inibir a multiplicação das bactérias, eliminando-as do organismo a fim de combater as infecções do tipo bacteriana. O grande problema é que o uso indiscriminado pode causar resistência bacteriana, ou seja, não produzem o efeito desejado.
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A médica também lembra que os hospitais são ambientes propícios para as bactérias resistentes e que existe a possibilidade de a resistência vir de fora para dentro.
– É um assunto complexo e há pacientes mais suscetíveis às infecções, como transplantados e idosos. Por isso, é importante fazer o diagnóstico correto e usar o antibiótico mais adequado para combater a doença. O problema é que a evolução dessas bactérias é mais rápida do que o desenvolvimento das drogas para combatê-las. Mesmo assim, temos muitas opções para tratar.
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Por outro lado, a médica ressaltou que nem sempre as bactérias são vilãs. Em muitas situações, elas são importantes porque protegem tanto o ser humano como também o animal.
– O grande desafio é utilizar o antibiótico correto, a classe correta, na dose correta e no tempo necessário. E também proteger as bactérias do bem porque quando a pessoa usa o antibiótico de forma desnecessária, por exemplo em uma gripe, ela está matando as bactérias que não estavam causando a infecção.
Outro grande erro dos paciente é não usar o antibiótico pelo período prescrito pelo médico. Segundo ela, se sentir melhor não é sinônimo de interromper a administração do remédio por conta própria.
– Não completar o período adequado do antibiótico pode favorecer a resistência de algumas bactérias. Por isso, é importante que a droga seja bem utilizada, independentemente de ser um remédio mais novo ou antigo.
A boa notícia deste tema, destacou a médica, é que a indústria farmacêutica tem investido bastante em novas pesquisas para descobrir novas moléculas, principalmente para pacientes transplantados e imunodeprimidos.
Vamos torcer para que novos fármacos sempre surjam com mais eficiência e menos efeitos colaterais!!!
Crédito de foto: FreeImages
