Hoje, 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, uma doença que afeta 8,9% de toda a população brasileira, segundo dados de 2016 divulgados pelo Ministério da Saúde.Este número corresponde a mais de 18 milhões de pessoas e representa um crescimento de 61,8% em relação a 2006.Uau, é muita gente! Mas, por que?
De acordo com a endocrinologista Livia Faccine, do Hospital Santa Paula, um dos fatores que pode ter provocado este aumento é a falta de cuidados de rotina com a saúde e o estilo de vida cada vez mais acelerado nas grandes cidades, com pouca atenção à alimentação.
– Os problemas decorrentes da urbanização, como estresse e falta de tempo, muitas vezes levam o indivíduo à má alimentação e ao sedentarismo que, somados à predisposição genética, podem resultar em sobrepeso/obesidade. Juntos, esses são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes, uma doença crônica e silenciosa com a qual o paciente deverá conviver durante a vida toda.
Qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2?
O diabetes tipo 1 é caracterizado pela falência das células beta no pâncreas e é mais comum em pessoas com idade abaixo dos 35 anos. Já o diabetes tipo 2 ocorre por resistência à ação da insulina, tendo a obesidade como um dos principais responsáveis.
A especialista explica que, no Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com a doença é maior em faixas etárias mais altas. Além disso, entre a população com escolaridade baixa, a incidência do diabetes é quase três vezes maior porque têm menor conhecimento sobre a doença.
O diabetes também é uma das principais causas de amputações no País, conforme dados da OMS. De todas as amputações que acontecem no Brasil, 70% são em decorrência da doença. E esse problema não se limita ao território brasileiro: a cada um minuto três pessoas ao redor do mundo são amputadas por causa de complicações do diabetes.
Mas, afinal como diagnosticar o diabetes?
Livia explica que o diabetes tipo 1 pode incluir sintomas como excesso de sede, perda de peso repentina e acelerada, fome exagerada, cansaço, vontade de urinar com frequência, problemas na cicatrização, visão embaçada e, em alguns casos, vômitos e dores estomacais.
Já o diabetes tipo 2, o mais comum entre os adultos, a maioria dos casos não apresenta sintomas, exceto quando a glicemia está muito elevada, aí pode-se apresentar os mesmos sintomas do diabetes tipo 1.
– O diabetes exerce um impacto maior nas artérias femininas do que nas masculinas. O fato é comprovado cientificamente, mas ainda não se sabe a razão.
Prevenção e tratamento
O tratamento inclui medicações de uso oral e opções injetáveis, como a insulina. Há vários tipos de insulina no mercado, algumas de ação rápida, outras de ação lenta, e a combinação delas são necessárias em alguns casos.
Associado ao uso das medicações, é preciso seguir uma alimentação balanceada, perder peso (quando for o caso) e realizar atividades físicas com regularidade.
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