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E o Outubro Rosa continua… Dessa vez, resolvi selecionar alguns mitos e verdades sobre a doença para eliminar algumas dúvidas e reforçar a necessidade da realização periódica da mamografia para a detecção precoce do tumor e, consequentemente, maior possibilidade de cura.  Quem respondeu as questões foi a oncologista clínica Lívia Andrade, da Santa Casa de Misericórdia da Bahia e coordenadora do Serviço de Oncologia Clinica do Hospital de Irmã Dulce. Veja!

O câncer de mama é classificado em vários tipos.
VERDADE. O tipo mais comum de câncer de mama é o que se origina nas células dos ductos mamários, por onde passa o leite materno, podendo disseminar-se pelos tecidos adjacentes. Outro tipo, menos comum, é o que tem origem nas células dos lóbulos mamários. No entanto, independentemente do tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de algumas proteínas, como o HER2, para os hormônios femininos (estrógeno e progesterona) para melhor definição do tratamento.

O HER2 é um tipo de câncer de mama mais agressivo.
VERDADE. O câncer de mama do subtipo HER2 positivo é caracterizado pela presença em maior quantidade dessa proteína localizada na superfície das células. Em cerca de 20% dos casos do câncer de mama a proteína aparece, em excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo e a necessidade de um tratamento específico – baseado na terapia-alvo, que ataca principalmente as células do câncer – para frear o crescimento do tumor.

Leia também: 10 informações importantes sobre o câncer de mama

Mulher sem histórico familiar nunca terá tumores nos seios.
MITO. Nenhuma mulher está imune ao câncer de mama. Excesso de peso, cigarro e ingestão de bebidas alcoólicas, por exemplo, são fatores de risco. Além desses, a doença pode ser provocada por múltiplos fatores, por isso o Inca alerta que a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível. Para diminuir o risco, recomenda-se alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso e redução do consumo de bebida alcoólica.

E mais: Mamografia detecta o câncer de mama em estágio inicial

Emoções negativas, como estresse, mágoas e raiva, podem causar câncer.
MITO. Não há evidências científicas de que o câncer surja a partir de sentimentos negativos. Porém, alguns especialistas acreditam que esses fatores emocionais podem diminuir a imunidade, favorecendo o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas, o câncer.

O tratamento do câncer de mama é sempre quimioterapia.
MITO. O tipo de tratamento depende de alguns fatores, como estágio do tumor, idade da mulher, doenças associadas e a presença de receptores de hormônios e HER2. As principais opções de tratamento são radioterapia, quimioterapia, cirurgia, hormonioterapia e terapia molecular (tratamento específico para tumores HER2 positivos).

Todas as pessoas passam mal no tratamento do câncer, principalmente o metastático.
MITO. Cada paciente reage de uma maneira ao tratamento. A jornada de tratamento de uma mulher é diferente da outra, o processo pode ser lento ou ter alterações, novas questões podem surgir com o tempo, e as preferências e prioridades da cada paciente podem mudar. Além disso, as pesquisas sobre o câncer estão sempre evoluindo e novos medicamentos estão sendo continuamente desenvolvidos para minimizar os efeitos colaterais. Hoje, já há alguns tipos de tratamento que dão mais qualidade de vida.

O câncer metastático pode se espalhar para qualquer parte do corpo.
VERDADE. As células cancerígenas podem se espalhar para qualquer parte do corpo. A maioria das células tumorais que se desprendem do tumor primário é transportada aleatoriamente pelo sangue ou pelos gânglios linfáticos regionais.

Crédito de foto: FreeImages

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