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Poucos tumores atingem mais as mulheres do que o colorretal. Ele é o segundo mais incidente entre as brasileiras – atrás apenas do câncer de mama –, representando quase 10% de todos os casos diagnosticados, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Porém, apesar da alta incidência, a doença continua sendo desconhecida para uma em cada cinco brasileiras (18%), segundo pesquisa da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica). O principal procedimento para detecção precoce da doença é o exame de colonoscopia, extremamente recomendado para mulheres (e homens) a partir dos 50 anos, mesmo na ausência de sintomas, alerta Anelisa Coutinho, diretora da entidade.

– A falta de adesão aos meios de prevenção e aos exames de detecção precoce é um dos principais problemas no Brasil como um todo. No caso do câncer colorretal, a situação é muito grave, pois a colonoscopia é praticamente ignorada. Em alguns estados, como o Acre, Sergipe, Rondônia e Roraima, nenhuma das entrevistadas da pesquisa havia realizado o exame.

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Entre outros fatores de risco no desenvolvimento dos tumores colorretais estão a obesidade e a inatividade física – ambos problemas sérios entre as mulheres. Segundo o estudo da SBOC, 56% das mulheres do País não praticam quaisquer atividades físicas e 1/5 sequer imagina que praticar exercícios pode diminuir o risco de desenvolver câncer. Esse quadro fica ainda mais grave quando se considera a alimentação pouco balanceada das brasileiras, comenta a médica.

– Um dos achados do estudo é que mais de um quarto das mulheres (27%) discordam, em maior ou menor grau, que o seu sobrepeso possa causar câncer. Essa percepção falha tem um efeito grave tanto em seus hábitos alimentares quanto no grau de sedentarismo. Entre as entrevistadas, cerca de metade não havia incluído saladas em suas últimas refeições, apenas um terço havia comido frutas e aproximadamente metade havia consumido bolos, doces e biscoitos. Quando aliamos esses dados de hábitos alimentares à falta de atividade física de mais da metade da população feminina, deixamos de atuar de maneira positiva com a prevenção e contribuímos para o possível aumento dos casos de câncer colorretal.

Ainda de acordo com a especialista, os dados mostram a necessidade de criar campanhas de conscientização abrangentes para que a população feminina entenda a importância de adotar, no seu dia a dia, medidas preventivas para evitar o desenvolvimento do colorretal e demais tumores.

– É importante que as mulheres entendam que há fatores genéticos e gênicos predisponentes ao câncer nos quais não podemos interferir, por isso a importância de colaborar com hábitos saudáveis no dia a dia, realizando exercícios físicos e praticando alimentação de qualidade, além de fazer exames preventivos capazes de detectar precocemente a doença. Só assim pode-se contribuir para que os números de incidência da doença diminuam.

 

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