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Ter ou não parceiro não impede que a mulher congele seus óvulos para uma futura gravidez, sabia? Nos dias de hoje, em que o desenvolvimento pessoal e profissional ocupa o topo da lista de prioridades de muitas mulheres, o congelamento de óvulos tornou-se uma opção para aumentar as chances de realizar o sonho da maternidade no futuro. Segundo Paulo Bianchi, coordenador do Centro de Reprodução Humana do Hospital Samaritano de São Paulo, o procedimento é relativamente simples e há poucas contraindicações.

– É importante salientar que o procedimento não é uma garantia de gestação no futuro, mas sim, uma forma de tentarmos manter a chance de gravidez que a pessoa teria no momento do congelamento, mesmo que ela pretenda ou precise, em virtude de alguma doença, engravidar com uma idade mais avançada. Quando congelamos óvulos de uma mulher de 34 anos e ela retorna para usá-los aos 38 anos, a chance de gestação será praticamente a mesma que ela teria aos 34 anos, salvo se ocorrer algum problema com o útero neste meio tempo.

Após a decisão de congelar os óvulos, o procedimento começa, em geral, no início do ciclo menstrual.

– Na primeira parte do tratamento, a mulher usa alguns medicamentos que estimulam o desenvolvimento e amadurecimento dos óvulos. O procedimento, em geral, é tranquilo, com poucos (ou nenhum) efeito colateral para as pacientes, normalmente bem tolerados por serem de curta duração (alguns dias).

A próxima etapa é o procedimento para a retirada dos óvulos. A captura é feita sob anestesia, por meio de uma punção transvaginal guiada por ultrassom, com retirada do material, um a um. Cada um deles é avaliado para saber qual é o seu grau de maturidade e se o seu congelamento é viável.

– O ideal é que o congelamento seja feito até os 35 anos. O procedimento pode ser feito após esta idade, mas a qualidade dos óvulos e, consequentemente, a chance de gestação no momento do descongelamento, diminuem.

Atualmente, o método mais utilizado é o de vitrificação. A temperatura é reduzida de forma rápida. Isso faz com que a sobrevivência do material seja maior após o descongelamento e que a qualidade dos óvulos se mantenha.

Uma vez congelados, os óvulos podem durar por um período indeterminado e a mulher pode utilizá-los quando desejar. Após o descongelamento, os óvulos viáveis são fertilizados por espermatozóides e, após alguns dias de desenvolvimento, os embriões obtidos são colocados no útero (previamente preparado).

A gravidez obtida a partir de um óvulo congelado/descongelado não possui nenhuma diferença em relação à gravidez natural. Os riscos da gestação dependem da saúde da mãe e de seus hábitos no momento da gravidez, assim como ocorre em gestações naturais.

– Se a mulher decidir não utilizar os óvulos congelados, ela pode descartá-los ou doá-los. Neste último caso, o processo é feito de forma anônima, isto é, não se pode escolher para quem fazer a doação.

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